Na manhã desta quarta-feira (12), moradores de diversas cidades da Baixada Maranhense interditaram a MA-014, no município de Viana, em um protesto contra as péssimas condições da rodovia. A manifestação ocorreu em resposta à falta de manutenção adequada na estrada, que há anos sofre com buracos e deterioração do asfalto.
Os manifestantes utilizaram pneus e pedaços de madeira para bloquear a via, exigindo uma solução definitiva do Governo do Estado. Segundo eles, as operações emergenciais de tapa-buracos não resolvem o problema a longo prazo e, com o aumento do tráfego de veículos pesados na região, a situação se agravou.
A interdição da rodovia estadual foi motivada também pelo desvio do tráfego da BR-316 para a MA-014. Recentemente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) interditou uma ponte na BR-316 devido a problemas estruturais, obrigando caminhões e carretas que fazem o transporte entre o Maranhão e o Pará a utilizarem a MA-014. Esse aumento no fluxo de veículos pesados intensificou os danos na estrada, tornando-a ainda mais perigosa para motoristas e pedestres.
Os moradores cobram a presença do governador Carlos Brandão e reivindicam um projeto de reconstrução completa da via. "Estamos cansados de promessas e de serviços paliativos. Queremos uma solução definitiva", declarou um dos manifestantes.
A MA-014 é uma via essencial para a economia da Baixada Maranhense, sendo utilizada para o escoamento de produtos agrícolas e transporte da população. No entanto, a precariedade da estrada tem causado prejuízos tanto para os moradores quanto para os comerciantes e transportadores da região.
Este não é o primeiro protesto relacionado à infraestrutura viária no Maranhão. Recentemente, moradores de bairros periféricos de São Luís também se mobilizaram contra a falta de pavimentação e os problemas causados por alagamentos em períodos chuvosos.
A interdição da rodovia e a mobilização popular refletem o descontentamento da população com a falta de investimentos adequados na infraestrutura do estado. A expectativa agora é de que o governo tome medidas concretas para resolver o problema antes que novos protestos ocorram.