Nos últimos anos, a administração do prefeito de São Bento, Dino Penha, tem sido marcada por decretos de emergência que levantam sérias dúvidas sobre sua legitimidade e eficácia. Em 17 de janeiro de 2025, a cidade teve sua situação de emergência reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional devido à estiagem. No entanto, a atual realidade do município contrasta totalmente contrao cenário de seca apresentado.

A zona rural de São Bento encontra-se isolada, com estradas vicinais destruídas pela água e pelo barro, tornando o deslocamento dos moradores praticamente impossível. O agravante dessa situação é que já foram licitados milhões de reais para a manutenção dessas estradas, conforme registros no Portal da Transparência da prefeitura. Apesar disso, as obras não foram efetivamente realizadas, e a população sofre com os impactos diretos da má gestão, com ônibus escolares sendo arrastados por tratores dos próprios moradores.

Enquanto São Bento vira notícia nos jornais do estado devido à calamidade das estradas rompidas, a administração municipal permanece inerte. A incoerência entre os decretos de emergência por estiagem e os atuais alagamentos que assolam a zona rural coloca em xeque a gestão de Dino Penha. Se havia seca em janeiro, por que a prefeitura não tomou medidas preventivas para evitar os estragos das chuvas? E, se já existiam recursos licitados para as estradas, onde foi parar esse dinheiro?

A recorrência de decretos emergenciais, que permitem a contratação de serviços sem licitação, aliada à falta de transparência na aplicação dos recursos públicos, sugere uma gestão no mínimo questionável. É fundamental que os órgãos de controle investiguem a fundo essas ações, garantindo que os recursos sejam devidamente aplicados em benefício da população e não fiquem à mercê de possíveis irregularidades administrativas.

A comunidade de São Bento clama por respostas e, principalmente, por ações concretas que tirem o município do estado de abandono em que se encontra. A responsabilidade por essa situação recai diretamente sobre a gestão atual, que precisa ser cobrada e responsabilizada por suas omissões e pelo descaso com a infraestrutura e o bem-estar da população.

É hora de dar um basta na negligência e exigir uma administração comprometida com o desenvolvimento de São Bento. A população não pode continuar sendo vítima de um governo que, ao invés de resolver problemas, parece se especializar em justificá-los com decretos duvidosos.