O grupo Mirante, alinhado ao governo Brandão, continua demonstrando parcialidade em suas coberturas políticas. Na matéria publicada sobre o deputado estadual Othelino Neto, a narrativa sugere um esforço claro para desacreditar suas ações e reforçar uma visão negativa de sua conduta parlamentar.
A reportagem usa termos carregados, como “fome de poder” e “manobra”, para descrever situações que fazem parte do jogo político em qualquer democracia. No entanto, omite pontos importantes, como o fato de Othelino estar exercendo seu direito legítimo de questionar judicialmente a constitucionalidade de uma norma — um pilar fundamental do Estado de Direito.
A insistência em criticar Othelino por uma mudança regimental realizada em 2017 ignora o contexto histórico da decisão e o consenso político necessário para aprová-la. Qualquer alteração no regimento depende de uma maioria de votos, refletindo a vontade da própria Assembleia. Ressaltar isso ajudaria a esclarecer que ele não atuou sozinho, mas em conformidade com os mecanismos legais e democráticos disponíveis na época.
Por outro lado, a matéria não menciona o papel do governo Brandão e de seus aliados na articulação de Iracema Vale como candidata, nem questiona se o critério de idade, usado para decidir a eleição, realmente atende aos princípios de representatividade. Esse silêncio mostra uma tendência preocupante do grupo Mirante em atuar como porta-voz do governo, em vez de manter uma postura isenta e equilibrada.
A ação judicial movida pelo deputado estadual Othelino Neto é uma iniciativa legítima de quem busca garantir que os critérios de escolha para a presidência da Assembleia Legislativa sejam justos, transparentes e alinhados às melhores práticas democráticas. Ao questionar o uso da idade como critério de desempate, Othelino reforça a importância de critérios objetivos e mais representativos, como o número de mandatos parlamentares.
É inegável que a Assembleia Legislativa do Maranhão deve buscar se alinhar aos parâmetros estabelecidos pela Câmara Federal, que servem como referência nacional. Afinal, critérios como experiência parlamentar, expressos pelo número de legislaturas, refletem melhor a trajetória e a contribuição do deputado para a casa legislativa, em vez de elementos arbitrários como a idade.
As críticas feitas à atuação de Othelino em 2017 desconsideram o contexto da época e o fato de que qualquer mudança no regimento interno passa por ampla discussão e aprovação dos parlamentares. Essa alteração, longe de ser uma “manobra”, foi uma adaptação necessária às circunstâncias do momento, dentro do escopo da legalidade.
É importante lembrar que judicializar questões como essa é um direito de qualquer parlamentar que busca defender a Constituição e o melhor funcionamento das instituições democráticas. Ao levar o caso ao STF, Othelino demonstra compromisso com a transparência e o respeito às leis, colocando-se como um defensor das práticas republicanas e não como alguém que busca apenas o poder pelo poder.
Em uma democracia, discordâncias como essa são naturais e fazem parte do debate saudável. A tentativa de deslegitimar a ação judicial de Othelino só reforça a importância de sua luta para garantir que a ALEMA se modernize e adote critérios que realmente reflitam a representatividade e a experiência de seus membros.
Uma resposta
Essa mirante dos Sarneys já caiu em descrédito faz tempo.